O e-commerce no Brasil hoje: 4 fatos que você não sabia
Se, há duas décadas, o e-commerce era uma realidade que ainda parecia distante,
nos últimos anos, esse tipo de comércio vem conquistando cada vez mais espaço
em diversos países.
Nos últimos meses, comerciantes que ainda resistiam à adoção
de mecanismos virtuais para ampliar suas vendas se viram obrigados a utilizar o
comércio virtual para sobreviver ao isolamento físico provocado pelo cenário
global.
Uma pesquisa divulgada em fevereiro, pela empresa NeoTrust,
mostra que, apesar de a instabilidade econômica vista no Brasil há alguns anos,
a venda de produtos on-line faturou R$75,1 bilhões, o que
representa um crescimento de 22,7% em 2019, em comparação ao ano anterior.
Entre as razões levantadas por especialistas para esse
crescimento notável, destacam-se: a ampla integração multicanal, o
desenvolvimento e a consolidação do modelo de marketplace no país, além do
crescimento da média de clientes que fizeram, no mínimo, uma compra on-line.
Mulheres e adultos compram mais
De acordo com a pesquisa da NeoTrust, as mulheres foram as que
mais compraram virtualmente em 2019, correspondendo a 52% do total de
transações. Contudo, mesmo comprando mais, o público feminino gastou uma média
menor (R$ 371,70) do que os homens (R$473,60).
A pesquisa aponta que uma das possíveis razões para isso é o
fato de que as mulheres compram, em média, itens mais baratos do que os homens,
o que acaba produzindo tíquetes médios de valor mais reduzido.
Outro aspecto levantado por essa pesquisa diz respeito à
faixa etária dos consumidores. As pessoas com idade entre 36 e 50 anos foram as
que mais compraram virtualmente (33,6%), seguidas pelo público entre 26 e 35
anos (31,8%), aqueles com até 25 anos (19,5%) e os clientes com mais de 51 anos
(15,1%).
Nordeste é a região que mais cresce
O Sudeste é a região que lidera as vendas virtuais no país,
sendo responsável por 66,2% de todos os pedidos realizados em 2019. Isso
acontece porque esse território abriga uma população grandiosa (41% dos
habitantes nacionais) e com alto poder aquisitivo.
Em contrapartida, o Nordeste é a região que mais vem
crescendo nos últimos anos, embora tenha sido responsável por 11,9% das vendas
realizadas em 2019. A região Sul é a segunda que mais consumiu virtualmente
(14,1%), enquanto o Centro-Oeste e o Norte corresponderam a 5,8% e 2% do total
das vendas realizadas no e-commerce nacional.
Maioria dos consumidores prefere pagar à vista
Embora piadas sobre a fatura alta do cartão de crédito em
datas comerciais, como o Natal e a Black Friday, sejam muito comuns, a pesquisa
da NeoTrust mostrou que a maioria dos consumidores virtuais preferem pagar à
vista (42%, com um tíquete médio de R$ 319).
O interessante é perceber que o segundo comportamento mais
frequente é parcelar o pagamento em até quatro vezes (34%, com um tíquete médio
de R$741) e a minoria opta por duas ou três parcelas (24%, com um tíquete médio
de R$232).
Beleza é o segmento com maior crescimento
Apesar de roupas e acessórios ainda liderarem os pedidos
virtuais feitos por consumidores brasileiros (21%), produtos de beleza e
perfumaria constituem o segmento que mais cresceu no e-commerce nacional nos
últimos anos, tanto em número de pedidos, quanto em faturamento.
Ainda vale destacar que os chamados “compradores
únicos”, que realizam, ao menos, uma compra on-line por ano, cresceram
vertiginosamente ano passado (40,6% em relação a 2018) e alcançaram 31,4
milhões de pessoas. Especialistas apontam que é importante acompanhar os
números desses consumidores, já que, futuramente, eles podem realizar compras on-line com mais
regularidade ao longo do ano.